Dificuldades financeiras e o déficit de escolas e creches no Brasil fazem com que, para muitas famílias, o trabalho infantil seja considerado não apenas normal, mas necessário.

A situação é crítica, já que, quando as crianças são forçadas a trocar a sala de aula por empregos precários, seja vendendo balas nos semáforos nas grandes metrópoles, seja ajudando em trabalhos braçais em áreas rurais, o desenvolvimento intelectual e emocional pode ser afetado.

Hiperatividade, fobias e depressão são alguns dos males que afetam as crianças que trabalham nas ruas de São Paulo, segundo pesquisa da Universidade Federal de São Paulo.

De acordo com a coordenadora do estudo, a médica Andrea Feijó Mello, a análise da situação de 185 crianças, revelou que 124 (67%) sofrem transtornos.

“Isso tem a ver com famílias desestruturadas. São mães sozinhas que têm em média 4 filhos e também trabalharam na infância. Elas acham isso normal e usam castigos físicos como método educativo”, relata, ressaltando que, para combater trabalho infantil, é preciso diminuir a pobreza, o que envolve toda a família.

Fonte: Folha Universal