TDAH

Fonte: sillovinho.blogspot.com


O TDAH ou Transtorno de Déficit de Atenção Hiperatividade é uma das grandes dificuldades enfrentadas pela sociedade, principalmente pelo fato de ser ainda um tema pouco difundido, não tendo muitas informações a respeito.

Essa falta de informações sobre o que realmente seja o TDAH leva as pessoas muitas vezes a cometerem sérios erros quanto aos métodos que utiliza tanto no diagnóstico quanto no modo de lidar com essas crianças.

Daremos aqui uma ênfase especial a esse transtorno partindo de seu conceito:

“A Hiperatividade (TDAH) é um desvio comportamental,caracterizado pela excessiva mudança de atitudes e atividades, acarretando pouca consistência em cada tarefa a ser realizada” (Abram Topczewski, 19).

Diagnosticar o TDAH não é tão simples, requer uma observação minuciosa de pormenores que muitas vezes começam nos primeiros anos de vida da criança e se estendem pela fase adulta.

Para esclarecer a interessados listamos uma série de critérios que são tidos como oficiais no diagnóstico de TDAH em crianças e adultos em todo o mundo.

“As características do TDAH aparecem bem cedo para a maioria das pessoas, logo na infância, com dois grupos de sintomas, de acordo com a área de predominância:

1- TDAH – Tipo desatento: a pessoa apresenta pelo menos seis das seguintes características:

· Não enxerga detalhes ou faz erros por falta de cuidado;

· Dificuldade em manter a atenção;

· Parece não ouvir;

· Dificuldade em seguir instruções;

· Dificuldade na organização;

· Evita / não gosta de tarefas que exigem um esforço mental prolongado;

· Freqüentemente perde os objetos necessários para uma atividade;

· Distrai-se com facilidade;

· Esquecimento nas atividades diárias.

2- TDAH – Tipo hiperativo / impulsivo: a pessoa apresenta, pelo menos, seis das seguintes características:

· Inquietação, mexendo as mãos e os pés ou não parando quieto na cadeira;

· Dificuldade em permanecer sentada;

· Corre sem destino ou sobe nas coisas excessivamente;

· Dificuldade em engajar-se numa atividade silenciosamente;

· Fala excessivamente;

· Responde as perguntas antes de serem formuladas;

· Age como se fosse movido a motor;

· Dificuldade em esperar sua vez;

· Interrompe e se intromete.” (Sam Goldstein, 1999)

Esses critérios, se bem observados evitam que muitas crianças que não têem clareza de seus limites sejam tidas como hiperativas ou que o contrário também ocorra.

Golds (1999), orienta pais e professores para que mantenham uma comunicação freqüente a fim de aumentar as perspectivas de sucesso de seus filhos com TDAH. Eles devem ainda colocar limites claros e objetivos, com atitudes disciplinares equilibradas e proporcionar avaliação freqüente, com sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um comportamento adequado dos mesmos.

Há necessidade ainda de saber como se sentem e como pensam as crianças com TDAH e do seu esforço em tentar modificar suas atitudes. Liza O’Brien (2000) - ela e o filho tem TDAH - nos relata que,

“... Emocionalmente, freqüentemente estão dois ou três anos atrás dos colegas. Infelizmente, crianças com TDAH são pouco compreendidas e muitas vezes classificadas como preguiçosas, não inteligentes ou problemáticas, essas crianças se esforçam muito para modificar a impressão que se tem delas. Para as crianças com TDAH a vida é uma experiência frustrante. Para falar a verdade, elas sentem tão frustradas quanto seus professores.”

Escola e professores que enfrentam esse desafio de terem crianças com TDAH precisam se adaptarem às suas peculiaridades, modificando a estrutura da sala de aula e de suas lições de modo que o ambiente possa ficar mais tranqüilo.

Segundo Lisa O’Brien, seria interessante seguir algumas dicas:

- hora da arrumação: avisar com antecedência a mudança de atividade; ser firme e reforçar positivamente durante as transições; elogiar e premiar se ela conseguir se arrumar e unir os grupos antes do alarme soar.

- hora de grupo/história: sentar a criança perto do professor; permitir que ela ajude de alguma forma; elogiar ao permanecer junto ao grupo durante o tempo todo ou por mais tempo que da última vez.

- manter a classe pequena para evitar excesso de estimulação; manter um número não grande de alunos por sala; utilizar ajudantes ou outros professores.

- mantê-los sempre dentro de uma mesma estrutura; siga sempre a mesma rotina dentro de sala; não oferecer mais de duas atividades ao mesmo tempo; elogiar atividades que foram completadas.

Como forma de reforço positivo o professor pode utilizar os conceitos de compreensão, gentileza e ajuda amorosa e aplicá-los em situações reais da sala de aula. Mas isso pode também ser feito em casa com os pais, que desejarem auxiliar o desenvolvimento do seu filho.

Em relação às diferenças o professor e os pais devem frizar o respeito em sala, em casa pois “é importante ensinar as outras crianças que todos somos diferentes e que todos devem se ajudar.” (Lisa O’Brien, 1998)

O professor e também os pais, precisam acima de tudo, perceberem que eles tem em mãos uma criança muito especial. É muito possível que essa criança com TDAH seja criativo, inteligente, multi-talentoso e que deseje muito, agradar aos adultos que o rodeiam. Ele está habituado ao fracasso escolar e a ser mal compreendido pelos pais. O que realmente ele precisa é de compreensão, aceitação e amor. Se for encorajada e receber oportunidade, essa criança terá um grande potencial para o sucesso escolar e social. Considerando que elas possuem potencial e quando permitindo-lhes uma interação mais ativa e transformadora na sociedade, eles se desenvolvam mais tranquilamente.

Através de atividades lúdicas utilizando a literatura infantil, gibis, jornais, poesias, poemas, vídeos, expressão musical, proporcionamos momentos para que as crianças possam produzir e interpretar textos; realizar trabalhos manuais como recortes, colagens, desenhos livres, ilustrar poemas e poesias e outros; valorizar as variações lingüísticas e culturais presentes na sociedade através de histórias em quadrinhos, tais como: Chico Bento e O Menino Maluquinho (de Ziraldo), visando estimular os sonhos, as fantasias e o imaginário das crianças, conhecer anseios e frustrações, como meio de aproximação e construção de uma relação de confiança, cumplicidade e amizade.


Fonte: rizoma.ufsc


Então caros colegas, esse post mostra que se tivermos mais paciencia, compreensão,e se tirarmos um tempinho para voltarmos a ser crianças, poderemos auxiliar nossas crianças a terem uma vida mais produtiva e confiante... Independente dessa criança ter ou não esse tipo de transtorno.

Para que as crianças vivam bem e cresçam confiantes temos de ensinar um caminho, pois se não ensinarmos ... o mundo ensina. Deus mostra como todos devemos ser para chegarmos junto dEle... Ele nos diz que devemos ser como crianças. E nos pede para ensinarmos o caminho certo as crianças, pois mesmo velhos não se desviarão dele.

Vamos ser sinceros... o que você tem ensinado a seus filhos? que tempo você tem tirado para eles? O que você aprendeu com seus pais, valeu a pena para sua vida?

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